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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Vamos direto ao assunto?


A verdade é que chega-se sempre longe demais quando não se quer Ir Direto Aos Fatos, mas o problema de Ir Direto Aos Fatos é que você deixa de sentir e curtir os detalhes do caminho. Então, na maioria das vezes, a graça está justamente nesses pequenos e virtuosos detalhes. São eles que nos fazem dar voltas e mais voltas ao redor do óbvio.O que importa é a viagem, não o destino.


"Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te
Ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente.
Se ela te fosse direta, você a rejeitaria."

quarta-feira, 29 de julho de 2009


Cansada de tentar entender, cansada de tentar.
Cansada dos emails sem resposta.
Cansada de aborrecer.
Cansada de persistir.
Cansada...
Cansada de sorrir em troca de silêncios.
Cansada... Cansada... Cansada...
A batida contra a parede, o osso rígido, o coração que no vazio se lança...
Cansada de oferecer o melhor de mim e receber migalhas.
Cansada... Essa mania tola de pedir esmola pras pessoas erradas.

"Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis."
( Caio Fernando Abreu)

sexta-feira, 10 de julho de 2009


Brincadeiras com olhares
Toques sutis que dizem muito
Gargalhadas sem nenhuma explicação
Birra, pirraça, tudo que acaba em risada
Cumplicidade que dispensa entrelinhas
Dispensa formalidades, inutilidades
Um universo particular, construído só pra nós
Sintonia de corpos, de desejos, de idéias
E tudo lá fora fica tão pequeno...
E tudo lá fora se torna absolutamente dispensável.
(ao menos por alguns minutos)

quarta-feira, 25 de março de 2009

As emoções das gentes desse mundo


Seria tão bom se pudéssemos nos relacionar sem que nenhum dos dois esperasse absolutamente nada, mas infelizmente nós, a gente, as pessoas, têm, temos - emoções.
Você pode até tentar esconder, enganar , relutar , mas eu sei e você sabe que elas estão lá.Como um vulcão prestes a entrar em erupção.É por isso que eu não guardo nada.Não está em mim fazer jogo, fazer tipo, esperar pra ver, ficar com gosto do beijo não dado, deixar a página em branco com medo de confessar. Ah, me poupe! Eu quero provar o inesperado, improvisar meu mundo, fazer festa sozinha.Minhas emoções são muitas, são intensas, vicerais, pulsantes, cortantes , vivas. E eu consigo encarar e reconhecer cada uma delas.Pobre daqueles que passam a vida tentando dominar as próprias emoções, travando uma batalha interior a cada segundo.Não há felicidade na lágrima que não cai, na gargalhada contida, no beijo não dado. Eu quero muito mais do que sou.O mais ou menos não me interessa.

"Socorro alguém me dê um coração, que esse já não bate nem apanha.Por favor, uma emoção pequena, qualquer coisa.Qualquer coisa que se sinta, em tantos sentimentos deve ter algum que sirva."
(Nando Reis)

"Por te falar eu te assustarei e te perderei? Mas se nunca falar eu me perderei e por me perder eu te perderia."
(Clarice Lispector)






domingo, 8 de março de 2009



Anna: Incrível você ter esse quadro.
William: Gosta de Chagall?
Anna: Gosto! É como o amor devia ser. Flutuando num céu azul.
William: Com um bode... tocando violino.
Anna: Sim! A felicidade é inconcebível sem um bode violinista.

[Trecho do filme Um Lugar Chamado Notting Hill]


É...Minha idéia sobre felicidade é bem próxima disso.
E ainda em Notting Hill...

"Remember that I'm just a girl standing in front of a boy, asking him to love her".

Rai ais (ad infinitum).

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Camila que atualmente é uma criança alegre e está muito bem no grupo,sua adaptação foi lenta,chorava bastante solicitando a presença da mãe,prolongando assim este período.A readaptação foi tranqüila separando-se bem do responsável.É uma criança meiga,tendo um bom relacionamento com as professoras e com os amigos,inclusive quando agredida,sua reação é comunicar o ocorrido para as professoras,pois dificilmente bate nos amigos na disputa de brinquedo,conversa com eles para consegui-lo.Gosta muito de desenhar narrando o que fez .Está iniciando a fase de fechamento de círculos.Concentra-se nas atividades que participa tais como: pintura a dedos, colagem,rodinha.Comunica-se com frases longas,iniciando e mantendo diálogos, trocando alguns fonemas apenas.Pede sempre para usar o banheiro.Lava suas próprias mãos e escova seus próprios dentes.Tem cuidado com seus pertences,pedindo para guardá-los quando fora do lugar.Sempre que solicitada, ajuda na arrumação da sala e do parquinho.Tem uma boa memória auditiva e visual.Canta músicas apresentadas pelas professoras(com muita graça), imita "atividades domésticas" na casinha da boneca, criando situações diversas.Reconhece todas as partes do corpo,em si e nos amigos.Corre com desenvoltura, apresentando bom desenvolvimento motor e equilíbrio.Na piscina só aceita entrar com uma das professoras.Não aceita com facilidade o lanche da creche.É uma criança carinhosa com todos da creche e com as professoras.Sua meiguice nos encanta!

Esse texto foi escrito pela professora Ana Maria Pinheiro quando eu tinha 2 anos e 11 meses.Tava guardado nas coisas da minha mãe e é a maior prova que eu sou um coraçãozinho purpurinado com cheirinho de baunilha desde sempre.


Nhác!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

[Em 2007]

Sabe, você tem permanecido intacto nos meus pensamentos.
Às vezes eu fico pensando no quanto o ser humano é vulnerável. Você chegou, subtraiu violentamente meus sentidos, roubou minhas palavras sem que eu percebesse, guardou meus pensamentos embaixo da sua cama.Me assusta saber que existe n'algum canto uma pessoa que é capaz de transcrever as minhas palavras, e caminhar os meus passos, e ditar as minhas regras, e sentir todo e qualquer sentimento na mesma intensidade que eu sinto, aqui, longe. Me assusta saber que eu cultivo tudo isso aqui dentro desenfreadamente. Não quero saber onde vai parar. Eu só queria entender por que eu acordo querendo te falar bom dia e durmo precisando te falar boa noite.

Eu sou vulnerável à você.
E quer saber? Eu até gosto.

[Da série: textos engavetados há tanto tempo que já nem me lembrava mais.]

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Andando Por Aí

"Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome..."

Deve ser por isso que hoje levei dois tombos no meio da rua.
DOIS!
É bem verdade que fones de ouvido nos livram da mediocridade da vida ao nosso redor, mas pra pessoas como eu, desastradas por natureza, eles colaboram pra falta de atenção.
Mas ta tudo ótimo. Não perco nada me isolando de um mundo em que as pessoas sequer param um segundo pra perguntar de você está bem depois de um tombo.


"Eu ando pelo mundo
E os automóveis correm
Para quê?
As crianças correm
Para onde?”

Essa música fica linda na voz do Camelo. Aliás, eu tô pra descobrir alguma coisa que fique ruim na voz desse cara.
E eu continuo andando pelo mundo levando tombos, levantando sozinha e ouvindo música boa.

"Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado..."

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Manual Sacana de Sentimentos Equivocados

Mas todas as vezes qυe tento propor υma verdade, eυ sinto qυe pode ser mentira. Vai saber... Eυ gostaria mυito de ter υm exemplo concreto de como se deve escrever υm manυal υniversal, qυe o meυ só me deixa pensar sobre o qυe eυ sinto, mesmo qυando me dizem qυe eυ sinto errado.

[O problema é que quero muitas coisas simples, então pareço exigente.][Fernanda Young]

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Só Por Hoje

Hoje eu não quero conversas vestidas de uniforme. Diálogos impecavelmente arrumados que não deixam o coração à mostra. As palavras podem sair de casa sem maquiagem. Podem surgir com os cabelos desalinhados, livres de roupas que as apertem, como se tivessem acabado de acordar. Dispensa-se tons acadêmicos, defesas de tese, regras para impressionar o interlocutor. O único requinte deve ser o sentimento. É desnecessário tentar entender qualquer coisa.

Senta perto e me conta o que você sentiu quando viu o mar pela primeira vez e o que sente quando olha pra ele, tantas vezes depois. Se tinha jardim na casa da sua infância, me diz que flores riam por lá. Conta há quanto tempo não vê uma joaninha. Se fica bobo como eu quando encontra uma ‘Maria-dormideira’. Se tinha algum apelido na escola. Se consegue se imaginar bem velhinho. Fala da sua família. Das pessoas que não têm o seu sobrenome, mas são familiares pra sua alma. Fala de quem passou pela sua vida e nem sabe o quanto foi importante. Daqueles que sabem e você nem consegue dizer o tamanho que têm de verdade.

Podemos falar abobrinhas, desde que sejam temperadas com riso, esse tempero que faz tanto bem. A gente pode rir dos tombos que você levou na rua e daqueles que levou na vida, dos quais a gente somente consegue rir muito depois, quando consegue. A gente pode rir das suas maluquices românticas. Das maiores encrencas que já arrumou. Das ciladas que armaram para você e, antes de entender que eram ciladas, chegou até a agradecer por elas. De quando descobriu como são feitos os bebês.

Não precisa ter pauta, seguir roteiro, deixa a conversa acontecer de improviso, uma lembrança puxando a outra pela mão, mas conta de você e deixa eu lhe contar de mim. Dessas coisas. De outras parecidas. Ouve também com os olhos. Escuta o que eu digo quando nem digo nada: a boca é o que menos fala no corpo. Não antecipe as minhas palavras. Não se impaciente com o meu tempo de dizer. Não me pergunte coisas que vão fazer a minha razão se arrumar toda para responder.Ou então,senta apenas do meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu.Às vezes, a gente nem precisa mesmo das palavras.

Pensando...

O Algodão Doce de Hortelã nasceu de um desejo insano de aconchegar meus devaneios em um local seguro.
Nunca gostei desse tipo de exposição e continuo não gostando.
Pra falar a verdade ainda não sei bem pq fiz isso aqui e nem se vai chegar a engatinhar.Mas nisso eu penso depois, o importante é que agora ta feito.