Pesquisar este blog

terça-feira, 6 de abril de 2010

Sobre o tempo







NÓS NOS AMAMOS, SÓ QUE EM TEMPOS DIFERENTES.

E se o tempo não existisse? Será que assim conseguiríamos acertar nossos ponteiros?
Alguns filósofos defendem que o tempo não possui característica alguma por ser irreal. Pra eles, presente, passado e futuro, não passam de uma ilusão. Eu concordo, já que pra mim, presente, passado e futuro encontram-se em você.

Em mim




Apesar da gente nunca ter se beijado ou namorado ou casado ou feito planos, completamos 14 anos juntos. Se não fosse sua memória fotográfica, se não fosse a internet, se o mundo não tivesse parado naquele abraço, jamais saberia.
Nunca contamos o tempo ou demos nomes aos nossos sentimentos de compromisso. Simplesmente tudo se desenrolou sem drama ou pedido ou conjecturações ou vingança. Foi e foi e foi. Aquilo que dizem sobre o que é pra ser. Simplesmente fomos e continuamos sendo. Quem diria que um dia eu seria tão feliz a ponto de não contar ou reduzir sensações a palavras? Mas é isso, sou feliz com você. Sem esforço e mesmo sendo, muitas vezes, bem infeliz. Sou feliz. O estar com você me traz paz, me acalma e embala meu sono. Essa certeza absoluta que tenho você é o que sustenta minhas bases mais trêmulas,espanta todos os fantasmas que teimam em invadir a minha alma.É o meu espinafre, de onde tiro forças pra encarar toda e qualquer situação, é o que me faz respirar fundo , fechar os olhos e sorri, mesmo quando tudo ao meu redor está desmoronando. Sim. Eu tenho você. Tenho você aqui, dentro de mim, mesmo sem nunca ter estado aqui dentro de fato.Não importa quanto o tempo passe, não importa quantas pessoas ainda farão moradia aqui dentro, o seu lugar é seu e sempre será. Penso agora que não faz mesmo sentido contarmos o tempo, uma vez que será sempre assim: você parte de mim.

De volta


É incrível como têm momentos na vida em que a gente simplesmente pausa uma vertente ou outra da nossa própria existência. Muitas vezes sem nem ao menos perceber. Eu andei fazendo isso com o meu coração, esbarrei sem querer e apertei a tecla ‘PAUSE’, e segui a vida. É claro que reparei um preto e branco esquisito aqui, ali e em todos os lugares, mas, devo confessar que passei a me sentir parte da paisagem e não me incomodei nem um tiquinho. E tudo ia indo bem no meu filminho em preto e branco, comportado, morno, previsível e calmo até que... Até que dia desses, novela passando na televisão, o dedo escorre pela caixa de entrada dos e-mails e pronto. Em um clique e poucas palavras eu lembrei que morno nunca combinou comigo. Que AMO surpresas e calmaria só é bom em tardes de domingo chuvosas. O brilho incontrolável nos olhos, o melhor de todos os sorrisos estampado no rosto, e aqui dentro a bateria nota dez da Mangueira mostrando que definitivamente não nasceu pra ficar em estado de ‘PAUSE’. Aqui estou eu de volta e hoje o céu está daquele jeito...Sabe qual é? Pintado do azul mais bonito da minha caixa de lápis de cor. Vamos voltar a falar de amor?